segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Tecnologia brasileira de simulação anatômica é destaque em congresso médico nos Estados Unidos

Plataforma desenvolvida pela startup Csanmek substitui o uso cadáveres e o sacrifício animal em cursos de medicina e veterinária

São Paulo, janeiro de 2018 – O simulador 3D de anatomia da startup brasileira Csanmek, que substitui o uso de cadáveres em cursos de medicina e veterinária, é uma das principais atrações do Congresso Internacional de Simulação Médica (IMSH – Society for Simulation in Healthcare), que acontece em Los Angeles (EUA) entre dos dias 13 e 17 deste mês.

A tecnologia brasileira chega ao mercado norte-americano pela parceria com a empresa Syndaver Labs, que pretende levar o simulador 3D da Csanmek para instituições de ensino superior nos Estados Unidos e México e integrar a plataforma com o cadáver sintético desenvolvido pela companhia, a fim de oferecer aos futuros médicos uma experiência real em aulas de anatomia.

O processo de internacionalização da Csanmek teve inicio a cerca de 12 meses e as vendas no exterior atingiram cerca de  R$ 2,5 milhões em 2017. A tecnologia brasileira está presente em universidades peruanas, mexicanas e norte-americanas, além de integrar o sistema de ensino médico em cerca de 30 instituições nacionais.

A plataforma da Csanmek funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano para treinamento de cirurgias virtuais.

A rápida internacionalização da Csanmek se deu, sobretudo, pelo fato da tecnologia substituir o uso de cadáveres em aulas de anatomia, à medida que segue a tendência mundial de trocar corpos humanos por plataformas digitais de dissecação virtual em cursos de medicina e veterinária.

A tecnologia, que pode custar entre R$ 200 mil e R$ 400 mil, possui ainda uma ferramenta de integração entre hospitais e salas de aula e oferece aos alunos a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de pacientes, pois permite que os professores convertam tomografias e ressonâncias magnéticas em 3D, com acesso total e irrestrito a anatomia real.

Também utiliza algumas linhas de atlas anatômicos e fisiológicos, com mais de 5 mil estruturas anatômicas identificas, incluindo todos os órgãos e sistemas do corpo masculino e feminino, e pode ser usada em cursos de medicina, veterinária e demais áreas da saúde.

Entre as instituições brasileiras que possuem a tecnologia estão Faculdade das Américas (FAM), a Universidade de de São Caetano do Sul (São Paulo e São Caetano), a Uninove (5 unidades), a São Leopoldo Mandic (Araras e Campinas), uma das principais faculdades de medicina do Brasil, a Universidade Guanambi (Bahia) e a Faculdade Claretiano, entre outras.

Segundo o fundador da Csanmek, Claudio Santana, a solução foi desenvolvida por uma equipe amplamente qualificada, com décadas de experiência em diagnósticos e imagens médicas. "Apesar de ser um equipamento para educação, a plataforma 3D também é utilizada por médicos e profissionais da saúde no dia a dia, para melhorar o aprendizado e compreensão das estruturas anatômicas reais e modeladas", comenta Santana.

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