segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Setor de transformados plásticos tem pior desempenho desde a crise de 2009


Mesmo com o bom desempenho das exportações, expectativa é que o nível de emprego da indústria recue 1,5%
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) a produção da indústria brasileira de transformados plásticos caiu -8,7% em 2015, com uma produção de 6,1 milhões de toneladas de artefatos plásticos. Essa queda foi a pior já enfrentada pelo setor desde a crise iniciada em setembro de 2008, que apresentou sérios reflexos no mercado mundial e brasileiro durante o ano de 2009, período em que a produção do setor recuou -13,3%.
Tal movimento do setor de transformados plástico seguiu de perto o desempenho da indústria brasileira de transformação, que apresentou retração geral da produção de -9,9%, e importantes setores demandantes de plásticos tiveram quedas significativas como o setor automotivo (-25%); Alimentos (-2,4%) Bebidas (-5,4%), Eletroeletrônicos (-30%) e Higiene e Perfumaria (-3,8%).
Conforme a Abiplast, associação que representa a indústria do plástico no País, embora o dólar esteja auxiliando os setores a aumentarem sua competitividade no mercado internacional com um impacto nas exportações de transformados plásticos, que cresceram 8,8% em 2016, da mesma forma que o câmbio favorece um incremento das exportações, um dólar alto impacta diretamente nos custos e nos preços de matérias-primas, que tem parte de seus preços determinados em dólares. A Abiplast, afirma que no mercado internacional há um movimento de retração de preços de resinas por conta da forte queda do petróleo e derivados, que não foi sentida no Brasil, por conta das variações cambiais que foram repassadas aos preços das resinas nos mercados domésticos.
De acordo com José Roriz Coelho, presidente da Abiplast, a conjunção de queda nos volumes produzidos, e a baixa expectativa do empresário quanto ao retorno do crescimento econômico resultam em um dos mais dramáticos sinais da crise enfrentada pelo setor: o fechamento de quase 30 mil postos de trabalho.
“O setor de transformados plásticos é um dos quatro maiores empregadores industriais, e dentre os grandes empregadores é o que paga melhores salários e emprega pessoal mais qualificado, infelizmente, ainda não vemos alteração desse cenário, em 2016 estimamos um recuo de -3,5% na produção do setor de transformados e de -1,3% no emprego. Somente as exportações, devem seguir com um desempenho positivo de 12%”- afirma.

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